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sexta-feira, 25 de março de 2011

PASSOS COELHO NA SIC EM ENTREVISTA

Desde que foi eleito presidente do PSD, no dia 26 de março de 2010, Pedro Passos Coelho fez dois acordos com o Governo minoritário do PS, um deles sobre o Orçamento para 2011, que permitiram a viabilização de medidas para reduzir o défice, incluindo aumentos de impostos e cortes salariais.

No final do ano passado, o PSD deixou o aviso de que não haveria "uma terceira oportunidade" para o Governo e isso confirmou-se a meio deste mês, quando Passos Coelho disse "não" a um novo pacote de austeridade apresentado pelo executivo de José Sócrates em Bruxelas sem negociação prévia com os sociais-democratas.

Há cinco meses, Passos Coelho chegou a dizer que o Governo merecia uma moção de censura, mas nessa altura o Presidente da República, Cavaco Silva, estava em fim de mandato e impedido de dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas.

Entretanto, Cavaco Silva foi reeleito, com o apoio de PSD, CDS-PP e MEP, e esse impedimento terminou com a sua posse, no dia 9 de maio. No entanto, o PSD não precisou de se confrontar com a decisão de apresentar ou de aprovar uma moção de censura.

Na quarta-feira, conforme tinha avisado, o primeiro-ministro demitiu-se depois de a oposição no Parlamento chumbar o novo pacote de medidas inserido no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para 2011-2014.

Era preciso "pôr fim ao clima irrespirável" de uma "situação pantanosa" causada por um Governo incapaz de fazer reformas estruturais e sem a confiança dos mercados, considerou o presidente do PSD, em reação à demissão de José Sócrates.

O PSD liderado por Passos Coelho, que se tem mantido à frente nas sondagens, prepara-se agora para enfrentar o PS de José Sócrates em eleições legislativas antecipadas.

Quanto ao futuro, Passos Coelho tem defendido um Governo de maioria alargada, admitindo que este integre outros partidos mesmo que o PSD consiga maioria absoluta, mas excluindo qualquer coligação pré-eleitoral, designadamente com o CDS-PP - a última vez que o fez foi em entrevista ao Correio da Manhã, publicada no dia 19 deste mês.

No atual contexto de crise política, que se soma à crise financeira, o presidente do PSD tem reiterado o seu empenho em cumprir as metas de redução do défice assumidas pelo atual Governo, sobretudo através de uma reforma do Estado, e não pôs de parte um aumento do IVA, mas comprometeu-se a não recorrer "a medidas que afetem as pensões mais degradadas ou as reformas".
Segundo Passos Coelho, neste momento não há "um conhecimento completo da situação financeira portuguesa", o que obriga a prudência em matéria de política fiscal.

Com a provável realização de legislativas antecipadas, o PSD terá de acelerar o processo de elaboração de um programa eleitoral e ficará pelo caminho a revisão constitucional que marcou o início da liderança de Passos Coelho e suscitou críticas pelas alterações aos artigos relativos à saúde e educação públicas e aos despedimentos.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
FONTE SIC.PT

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